De forma estratégica e lenta, o jornalismo da Globo vem mudando ao longo dos últimos três anos. Informal e direta, a nova postura dos âncoras e repórteres é justificada pelo desejo da emissora em se tornar mais próxima do público. O "Jornal Nacional" foi o último a recorrer ao novo padrão. Antes, Sandra Annenberg e Evaristo Costa já conduziam o "Jornal Hoje" de forma mais risonha e sem grandes protocolos. A mesma linha foi seguida pelo "Bom Dia Brasil", com Chico Pinheiro e Ana Paula Araújo. 
A tentativa de popularizar a programação chegou ao "Jornal Nacional" no primeiro semestre. O novo cenário foi a deixa para William Bonner e uma cada vez mais "leve" Renata Vasconcellos testarem suas aptidões para um esquema mais móvel. Entre risadas, andanças e conversas óbvias, fica fácil identificar onde reside o problema de audiência: o formato acabou deixando as notícias em segundo plano. O desempenho de Bonner e Renata só não soa mais estranho que as tentativas de Christiane Pelajo e William Waack no "Jornal da Globo". Essas tentativas esvaziam a credibilidade do jornalismo da emissora e exibem a falsa simpatia de muitos de seus profissionais.