É lei federal: o uso do telefone celular não é permitido enquanto o veículo está em deslocamento ou em paradas temporárias, como semáforos ou pedágios. Porém, basta olhar para o carro ao lado para perceber que é grande a quantidade de motoristas descumprindo a legislação. Essa realidade do trânsito levou o número de multas por usar o celular ao volante aumentar 7,7% em 2014, na comparação com o ano anterior.
De acordo com o Detran-SP, 111.325 motoristas foram notificados no ano passado em São Paulo - destes, 40.039 só na capital. Até o último 28 de junho, 36.241 motoristas haviam sido autuados no Estado. A infração é média; o condutor ganha quatro pontos CNH o e paga multa no valor de R$ 85,13.
Legalmente, é possível falar ao telefone ao volante, desde que conectado ao sistema de som do carro, via Bluetooth. Dessa forma, o motorista não precisa usar as mãos, já que o áudio do celular é projetado nos alto-falantes do veículo. Os navegadores GPS estão liberados, mas com o aparelho fixado no para-brisa ou painel por meio de suporte específico.
Falta de atenção
O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) inclui o uso do telefone ao volante no 'item' desatenção, a quarta maior causa de acidentes no trânsito - em primeiro está excesso de velocidade, seguida pelo uso de álcool e drogas e por fadiga e sono.
Os jovens são os usuários mais comuns do celular ao volante. Consequentemente, são as maiores vítimas de acidentes na direção veicular. Guiar e utilizar o telefone ao mesmo tempo aumenta em 400% a chance de acidentes, de acordo com o Denatran.
Segundo Alves, desde o momento em que o aparelho começa a tocar, a atenção do motorista já é perdida por um tempo que varia entre quatro e cinco segundos. Se estiver a 100 km/h, isso significa 120 metros percorridos sem total atenção ao volante.