Um homem de 37 anos, apontado como o principal negociador de joias e ouro furtados ou roubados de uma organização criminosa, foi preso em Ferraz de Vasconcelos, com R$ 80 mil. A ação, que faz parte da operação Ouro Reverso, foi deflagrada na quarta-feira (7) e na região, a Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão também na cidade de Mogi das Cruzes. O grupo, segundo as investigações, é liderado pela chamada “mainha do crime”, foi presa em 18 de fevereiro, em Paraisópolis, na zona sul da capital.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP) do Estado de São Paulo, a ação faz parte da Operação Ouro Reverso, que investiga crimes de receptação e lavagem de dinheiro de metais preciosos no estado de São Paulo. Segundo as investigações, o suspeito preso em Ferraz recebia joias obtidas por meio de crimes e revendia a lojas do centro da capital para manter o fluxo financeiro da organização. Ele deve responder por crimes de receptação e organização criminosa.
Durante a operação, a Polícia Civil apreendeu cerca de R$ 2,7 milhões em ouro e joias, além de R$ 157 mil em dinheiro. Três lojas clandestinas utilizadas para derretimento de metais preciosos tiveram o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) cassado. As lojas em que o suspeito costumava negociar o ouro também foram alvos de mandados de busca. Em um desses locais, no centro da capital, foram encontradas 12 alianças intactas, que agora estão sendo analisadas pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) para localizar as vítimas.
Ao todo, foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão em diversas cidades da Grande São Paulo, incluindo também Guarulhos, Taboão da Serra, Barueri e Mairiporã, além de bairros da capital e da cidade de Campinas. Além do homem preso em Ferraz, outras dez pessoas e 11 empresas são investigadas por participação no esquema criminoso. Celulares e dispositivos eletrônicos, de acordo com a SSP, foram apreendidos e vão auxiliar no andamento das investigações.
A operação contou com apoio da Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado, que realizou análises cadastrais e de documentos fiscais, e também com a participação de avaliadores do setor de penhor da Caixa Econômica Federal, que auxiliaram na identificação técnica dos materiais apreendidos.
'Mainha do crime'
A mulher conhecida como “mainha do crime”, que liderava a quadrilha, segundo a SSP, foi presa em 18 de fevereiro, em Paraisópolis, na zona sul da capital. Segundo a investigação, ela, que já tinha antecedentes por por ilegal de arma e receptação, fornecia armamento a criminosos e comprava objetos provenientes de roubos, especialmente com uso de motocicletas.