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A gestante Cláudia de Jesus Evangelista da Rocha, de 28 anos, morreu na tarde da sexta-feira passada, às 17h30, duas horas depois de dar à luz no Hospital Santa Marcelina, em Itaquaquecetuba. De acordo com a Delegacia Central, Cláudia sofreu tromboembolismo pulmonar, coagulação intravascular, além de síndrome de Hellp, que pode provocar insuficiência renal, problemas no fígado e no pulmão, durante o parto.
Para o marido dela, 33, o caso foi de negligência médica devido à atitude tomada pela equipe que atendeu a gestante. A Polícia Civil registrou o caso como homicídio culposo, ou seja, sem a intenção de matar.
Em depoimento, o marido de Cláudia informou que a vítima teve uma gestação normal, inclusive com a realização do pré-natal. Porém, na última sexta, a gestante entrou em trabalho de parto ainda de manhã e ambos seguiram para o Santa Marcelina. Tempo depois, segundo o registro feito pela Polícia Civil, o parto normal foi induzido com a aplicação de soro. Uma das enfermeiras que estavam no local teria rompido a bolsa gestacional de Cláudia com as próprias mãos.
A partir desse momento, a condição da mulher só piorou. O marido informou que a vítima perdia as forças durante as contrações e revelou que não se sentia bem. O esposo teria solicitado então, que fosse realizado o parto cesárea, porém o pedido teria sido recusado pelos médicos. Um dos funcionários da equipe que atendia Cláudia ainda destacou que tudo o que estava acontecendo era normal.
A criança nasceu sem problemas, mas assim que tudo terminou, a vítima sentiu falta de ar e entrou em choque. Levada às pressas para a emergência, Cláudia precisou ser entubada, já em estado grave, morrendo logo depois.
Sem prontuário
O marido revelou que em nenhum momento conseguiu entrar na sala de emergência. Além disso, o hospital teria se recusado a entregar uma cópia do prontuário da esposa. O bebê permanece na unidade porque a certidão de nascimento ainda não foi apresentada pelo pai.
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde revelou que irá instaurar uma sindicância para apurar o que ocorreu, "No entanto, de acordo com informações preliminares, a gestante deu entrada na unidade no último dia 25 às 7h23 já em trabalho de parto e foi imediatamente encaminhada ao centro obstétrico".
O texto diz que o parto foi feito normalmente, confrontando a versão do marido, Mas depois do nascimento do bebê, a vítima apresentou piora. "A paciente teve duas paradas cardíacas e apesar de todos os esforços empenhados e realização das manobras clínicas o caso evoluiu para óbito às 17h30. A unidade está à disposição da polícia e da família para prestar esclarecimentos sobre o caso e lamenta o ocorrido", finalizou o documento.
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