Solange Cardoso dos Santos, de 29 anos, foi mais uma vítima de violência contra a mulher, praticada por um ex-namorado, na noite de anteontem. Este é o terceiro caso do tipo, registrado apenas este mês no Alto Tietê. Por volta das 22h, ela saía do trabalho e ia pegar uma carona com uma amiga na rua São Roque, na Vila Geny, em Itaquaquecetuba, quando Luiz Antonio da Silva, 39, atacou-a, desferindo-lhe uma facada no peito.
A mulher correu para o interior da empresa de embalagens e um outro funcionário ainda tentou fechar os portões, sendo impedido por Silva, que também adentrou no estabelecimento, onde continuou a esfaquear a ex-namorada. 
Populares que estavam nas proximidades partiram em socorro dela e agrediram o ex-namorado da mulher, que caiu no chão, onde permaneceu desacordado até a chegada da viatura da Polícia Militar. Foram acionadas ainda as viaturas de resgate e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), porém, como estariam todas empenhadas em outras ocorrências, o tenente Alves e sua equipe, que chegaram ao local, desdobraram-se para efetuar a prisão do acusado e pedir reforço a uma viatura da Força Tática, comandada pelo capitão Chen. Esta levou a vítima, às pressas, para o Pronto-Socorro do Hospital Santa Marcelina. No entanto, apesar dos esforços da equipe médica, a vítima, que chegou "consciente, apesar do coração estar exposto devido ao esfaqueamento", conforme consta em boletim de ocorrência, não resistiu.
Posteriormente, chegou ao local uma viatura de Resgate, que levou o agressor para o hospital. A polícia verificou que o suspeito, detido em flagrante, já tinha passagens por porte ilegal de arma, ameaça e homicídio tentado. Ele também teria ameaçado a mãe da vítima, ao procurá-la, após o término do namoro. O preso informou ter esfaqueado a ex-namorada por "ciúmes".
Queimada
O estado de saúde da dona de casa Maria Luiza de Paula Pires, 27, que teve quase 50% do corpo queimado, na manhã de anteontem, depois que o ex-marido dela, o desempregago Jeferson Moraes Pires, 34, ateou fogo nela, ainda é considerado gravíssimo, segundo o último boletim divulgado pelos médicos. A mogiana está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital, na capital paulista. A vítima já havia sido agredida pelo ex e tinha uma medida protetiva nas mãos, expedida pela Justiça, para que o homem ficasse longe dela. Ela estaria com o documento em mãos quando foi queimada.