Uma operação denominada Demacro 01, desencadeada pelo Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo, culminou na detenção de 106 pessoas ontem, sendo 90 maiores de idade e 16 adolescentes. Os números são referentes a Mogi das Cruzes e mais sete municípios da região abrangidos pela Delegacia Seccional de Mogi. No Estado, a blitz para combater a criminalidade na Região Metropolitana efetuou cerca de 700 prisões e foi comandada pelo diretor do departamento, delegado Albano David Fernandes.
No Alto Tietê, a maioria das prisões, segundo o delegado-seccional Marcos Batalha, foi de acusados por tráfico de drogas. No entanto, diversas pessoas foram detidas também pela prática de outros crimes, seja em flagrante delito ou por mandados de prisão.
Batalha explicou ontem, durante entrevista coletiva, que foram envolvidos na operação 151 policiais civis em 61 viaturas. Ele se mostrou satisfeito com os resultados, que contabilizaram 11,5 quilos de drogas e duas armas de fogo apreendidas, além da realização de 12 pontos de bloqueios em pontos estratégicos. Suzano foi a cidade que mais efetuou prisões. "A presença dos policiais nas ruas diminui os índices criminais e traz sensação de segurança. E nosso pessoal demonstrou muito profissionalismo e dedicação. Importante ressaltar que não daremos trégua. Os marginais daqui precisam saber que estão perdendo força e não adianta nos desafiar", completou.
DESTAQUES
Na operação, os policiais civis da região prenderam Antonio Pereira Marinho, de 61 anos, em São Paulo, apontado como o receptador de celulares roubados de uma loja no Mogi Shopping, em junho deste ano. Alguns integrantes da quadrilha já haviam sido detidos anteriormente. Na casa dele, foram achados diversos aparelhos.
Em Suzano, os investigadores da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) detiveram Roberto de Moura Vieira Júnior, 19, por tráfico, corrupção ativa e resistência. Ao ser preso com 60 pinos de cocaína no Miguel Badra, ele chegou a pular da viatura e, mesmo algemado, tentou fugir. Recapturado, ainda ofereceu R$ 5 mil para os policiais o liberarem. A "oferta" foi gravada.