A queda de energia frequente em um bairro de Suzano está causando prejuízos e deixando muitos moradores irritados. Os problemas ocorrem, pelo menos, três vezes por semana, nas ruas Alberto Pezzuol, General Francisco Glicério e Teresa Papaes Galete, no Jardim Carlos Cooper. A comunidade afirma que a fiação que faz a distribuição de energia elétrica no local é muito antiga e já solicitaram a troca por um sistema mais novo, mas não foram atendidos.
Quem sente o maior prejuízo com a falha no fornecimento de energia é o escritor Paulo Sérgio Batalini, de 49 anos. "Eu trabalho com o computador ligado e já perdi muito trabalho com isso, pois a energia cai e desliga tudo aqui. Com isso eu já perdi vários modens que queimaram e fiquei por um bom tempo sem Internet".
O escritor também lembrou que a EDP Bandeirante, concessionária responsável pelo fornecimento de energia da cidade, já foi acionada por ele e por vários moradores, mas o problema nunca foi resolvido. "Eles enviam um técnico, mas a falha continua. Inclusive, um dos funcionários da Bandeirante chegou a dizer que o problema era interno e eu troquei o disjuntor, mas nada mudou", afirmou. "Quando acontece esses apagões rápidos dá para escutar os alarmes de várias casas da rua. Então, o problema é geral porque isso ocorre em todos os imóveis", observou Batalini. Ele ainda afirma que o transformador que distribui a energia para os imóveis da rua Alberto Pezzuol tem cerca de 30 anos e já foi alvo de vários raios. "Essas fiações são muito velhas e precisam ser trocadas".
Outro morador do bairro, o aposentado Roberto Ito, 57, chegou a acionar um eletricista, mas o especialista também contatou que o problema não é interno. "A energia cai sempre por aqui. Quando ligo na EDP para reclamar, eles enviam um técnico, mas o problema sempre volta", afirmou.
O aposentado Jonas Duarte, 70, também percebe as falhas rápidas na energia, mas afirma que não teve prejuízos. "A gente percebe que a energia cai quando ouve o estralo no motor da geladeira. Isso acontece quase todos os dias", contou. "A minha instalação é nova, por isso não tive prejuízos, mas sempre escuto os vizinhos reclamarem".
A mecânica de refrigeração Érika Di Fouco, 36, que tem um estabelecimento na Francisco Glicério, na altura do número 2.810, afirma já ter levado prejuízos com as falhas que ocorrem quase diariamente. "Minha televisão queimou. E a burocracia é tanta para a EDP ressarcir o prejuízo que eu desisti e paguei o conserto do meu bolso", queixou-se.
Diante das reclamações, a EDP Bandeirante informou que vai avaliar a situação e adotar as providências necessárias.