O preço médio do litro da gasolina chega a R$ 3,47 no Alto Tietê, ou seja, subiu quase 20% em apenas um ano. No entanto, de acordo com dados atualizados pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), o etanol é o combustível que ficou mais caro, chegando a
R$ 2,80 na região, um aumento de 47,36% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o consumidor pagava R$ 1,90 por litro.
Só em 2015, o preço do combustível foi reajustado cinco vezes e, nesse período, fez a gasolina subir R$ 0,57 e o etanol aumentar R$ 0,90. Para driblar tanto aumento, alguns motoristas optam por substituir a gasolina pelo etanol que, embora seja o mais barato, ainda mexe com o bolso do consumidor.
Em Suzano a gasolina mais em conta é encontrada a R$ 3,39, mas pode chegar até R$ 3,60. Os valores ainda são altos e geram queixas. "O preço do combustível está um absurdo. Eu opto pelo álcool, mas, ainda assim, está caro", avaliou o operador farmacêutico Sidnei Costa, de 41 anos. "Quando a gente pensa que vai melhorar, aparece mais um aumento".
Muitos condutores tiveram que adotar estratégias para não ficar no prejuízo. "Hoje, eu abasteço em qualquer posto que oferecer o menor preço", revelou o pintor Raí Tubaldo, 37. "Antes desses aumentos abusivos, dava para andar mais tranquilo. Agora, vai quase todo o salário só de combustível", contou Raí, afirmando também que trocou a gasolina pelo etanol em busca de economia.
O inspetor de qualidade Márcio Mauricio, 35, também sente no bolso a alta no preço da gasolina. "Eu sempre procuro o posto mais barato, mas vejo aumento todos os dias", avaliou.
Para a jogadora de vôlei paraolímpico, Giovana Lima, 38, ainda compensa abastecer o carro com gasolina. "Para quem anda na cidade é a melhor opção, já, quem precisa pegar a estrada, o álcool seria mais ideal", disse.