Novas regras serão aplicadas nas eleições municipais a partir deste ano. Trata-se da lei nº13.165/2015, conhecida como Reforma Eleitoral que prevê a proibição de as empresas financiarem as campanhas, além de mudanças nos prazos para as convenções partidárias, filiações partidárias e o tempo de campanha eleitoral também foi reduzido pela metade, pois antes era de 90 dias e, agora, os candidatos terão apenas 45 para apresentar as propostas.
A partir deste ano, as campanhas eleitorais serão financiadas, exclusivamente, por doações de pessoas físicas e pelos recursos do fundo partidário. Para o vereador de Suzano e presidente do PSDB local, Cláudio Anzai, algumas mudanças são positivas. "Quanto ao financiamento eu acho bom, porque assim é possível nivelar os candidatos e não haverá abusos do poder de disputa para concorrer o mesmo cargo", avaliou. "Este ano terá uma disputa mais democrática em termos financeiros".
Com relação à redução do tempo de campanha, o parlamentar suzanense acredita que alguns candidatos poderão sair prejudicados durante as campanhas eleitorais. "A questão da diminuição dos dias, de 90 para 45, vai dificultar os candidatos de 'primeira viagem', pois vai diminuir o tempo de divulgação", disse. "Essa campanha de 2016 vai ser muito diferente, pois vai exigir estratégias inteligentes, já que as campanhas serão feitas em tempos mais curtos e com menos dinheiro", finalizou o tucano.
O vereador de Mogi das Cruzes e presidente do PSB, Francisco Moacir Bezerra de Melo Filho, o Chico Bezerra, também avaliou as mudanças como positivas, principalmente no que diz respeito ao tempo de filiação. Agora quem tiver interesse em disputar um cargo na política tem até seis meses antes da data do primeiro turno, ou seja, dia 2 de abril. Antes das mudanças o prazo era um ano de antecedência.
"Os candidatos terão mais tempo para pensar e analisar melhor". "Vai ser muito importante as empresas não fazerem doações partidárias, porque, assim, temos a igualdade tanto para os partidos fortes quanto para aqueles partidos com menos recursos. E haverá um controle maior com relação a questão da compra de votos", avaliou o parlamentar.
Com relação a redução do tempo de propaganda eleitoral, para Chico Bezerra, essa também é uma mudança positiva. "A redução de 90 para 45 dias vai evitar um gasto grande, assim será possível economizar recursos. Ficou muito melhor, principalmente para os partidos menores, com poucos recursos", afirmou o parlamentar.