Os comerciantes da região se queixaram da queda no movimento do comércio que sentiu o reflexo da crise econômica, mesmo com o aquecimento das vendas às vésperas do Natal. Ontem, o que movimentou o comércio foram as trocas de presentes. Para quem recebeu com antecedência, este ano, as trocas ocorreram antes mesmo do dia 25 de dezembro, principalmente nas lojas de roupas e calçados.
Muitos comerciantes também se queixaram da queda nas vendas para este período. "O grande problema para nós é que só tem trocas. As vendas mesmo estão baixas", avaliou a gerente de uma loja de calçados de Suzano, Jucelli Batista. "As trocas de presentes, inclusive, começaram antes mesmo do Natal. Ao invés de virem comprar, as pessoas só vinham trocar". Ela ainda contou que as vendas caíram 10% em relação ao mesmo período do ano passado, mesmo com o aquecimento das vendas às vésperas do dia 25.
Em outra loja da região central do município, as trocas de presentes também já começaram a partir do último dia 20. Segundo o gerente de uma loja de roupas e calçados, 50% das trocas foram efetuadas antes do dia 24. "Destes, 90% foram feitas no último sábado", contou José Geraldo, que, ao contrário de Jucelli, comemorou as vendas de fim de ano. "Muita gente que vem fazer a troca de presente acaba levando mais alguma coisa. Hoje temos 50 atendentes e está difícil dar conta do movimento", revelou. O gerente ainda explicou que a troca pode ser feita num prazo de 30 dias, conforme o Código de Defesa do Consumidor, então, para quem estiver viajando, até depois do ano novo, é possível efetuar a troca em alguns estabelecimentos.
Gilson Marçal, que comanda uma grande loja de roupas na cidade, contou que o setor de troca de produtos ficou movimentado hoje e, que 80% das trocas do estabelecimento, ocorrem após o Natal. "A área de roupas femininas é a que mais tem trocas, principalmente blusinhas", disse.
Para Gilson, as vendas não caíram, embora a expectativa fosse maior do que os resultados deste ano. " Igualou com o ano passado. As expectativas de vendas, pelo menos, não caiu. Mas também esperávamos mais, mas com a crise até que não foi tão ruim", avaliou. "Os últimos três dias que antecederam o Natal foi o que salvou, pois o movimento foi intenso".
Já para o gerente de uma loja de roupas, brinquedos e utensílios em geral, o momento é de comemorações, já que a crise nem refletiu no estabelecimento. "As vendas foram melhores que no ano passado. Aumentou, em média, 6% e atendeu as expectativas", afirmou o gerente Laudo Koga.