A movimentação de pais e alunos da rede estadual de ensino de Poá marcou o Dia "E" na Escola Estadual (E.E.) Nancy Cristina do Espírito Santo, que fica no Jardim Santa Helena. Um pequeno grupo de estudantes se organizaram com faixas de protesto contra a reorganização escolar. Além de cobrarem mais clareza nas informações, eles alegaram falta de segurança e distância muito longa da escola para qual foram transferidos.
Os estudantes do ensino médio dessa instituição de ensino foram, automaticamente, transferidos para a E.E. Elizeu Jorge. "Isso foi uma palhaçada. A escola é muito longe", queixou-se o estudante da instituição Michael Fernandes dos Santos, de 15 anos, que é aluno do 1º ano do ensino médio. "Eu moro em frente a escola Nancy e fui transferido para uma escola que fica a 1,6 quilômetro da minha casa, sem contar que esse é um bairro perigoso", destacou o adolescente.
Outra aluna da instituição, Jaline Nunes da Silva, 15, do 2º ano do ensino médio, também reclamou das mudanças. "Falta clareza nas informações. Fomos pegos de surpresa com essas mudanças", afirmou. A mãe da jovem, a dona de casa Maria do Carmo Nunes de Alcântara, 46, é contra a reorganização. "Quando eu fui matricular meus filhos, eu tive a opção de escolher a escola Nancy. Agora, o Estado simplesmente transferiu para outra unidade sem nos dar a opção de escolha", reclamou a mãe, ressaltando a questão da falta de segurança. Maria do Carmo ainda lembrou que a outra escola fica distante e que alguns estudantes precisam de dois ônibus para chegar à unidade.
Outra mãe de aluna, a Aldenice Nascimento dos Santos, 38, se mostrou muito preocupada, pois a filha é portadora de deficiência e tem dificuldade de locomoção. "Eu tenho medo da minha filha sofrer bullying, porque o histórico da outra escola não é bom", disse apreensiva. "A escola Nancy é uma comunidade, onde todos se aceitam e se respeitam. Na outra escola não é bem assim".
Os alunos e professores que estavam presentes no momento da manifestação disseram à reportagem do Dat que as mudanças vão gerar superlotação nas salas, inclusive, que há classes com 50 alunos. (F.F.)