Mais uma vez os dados do Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo (Infosiga) trazem uma significativa queda no número de mortes no trânsito. Os números divulgados nesta quarta-feira (15) apresentam queda de mais de 20% no comparativo entre setembro deste ano e o mesmo mês do ano anterior. Das dez cidades, apenas três apresentaram alta no período – Mogi das Cruzes, Guararema e Poá.
É uma tendência positiva e vale destacar ainda que foram dez mortes registradas em setembro, o menor número entre os meses deste ano. Em relação, aos dados de agosto, a queda é ainda maior, superando 30%. Em todo o Estado, também houve redução, mas muito menor no comparativo do mês passada, chegando a 5,7%.
De qualquer forma são resultados que nos deixam otimistas para que futuramente tenhamos um trânsito cada vez mais seguro. E para chegarmos lá, sabemos que o maior desafio está em uma mudança cultural dos diferentes atores do trânsito de cada dia, principalmente os motoristas amadores e profissionais, que não raramente cometem infrações para poupar alguns minutos.
O excesso de velocidade e ultrapassagens em locais não permitidos certamente são algumas das infrações mais graves, e que levam a acidentes, possivelmente com vítimas fatais. Uma sinalização neste sentido está que boa parte das ocorrências são em rodovias, fora da área urbana.
O tempo nos dias de hoje parece girar diferente, e cada segundo ter uma importância extrema, mas nada supera a vida que podemos perder ou provocar a morte de outra pessoa, ou ainda, em casos menos graves, comprometer seriamente a saúde de alguém. É preciso rever as prioridades, calcular e aproveitar melhor o tempo que dispomos, para que a urgência não seja vivida no trânsito.
A educação para o trânsito, para a segurança viária, hoje mais focada nas crianças e jovens, deve alcançar também que está no volante ou não, mas já tem uma longa vivência no ir e vir das cidades, seja qual for o porte. O trânsito mais seguro deve ser uma meta para todos.
