As cidades do Alto Tietê contam com muitas áreas naturais protegidas, que por vezes são alvo de ocupações irregulares entre outros crimes ambientais. Nesta quinta-feira (9), um evento em Mogi das Cruzes celebra os 10 anos da lei estadual, que instituiu a Área de Proteção e Recuperação dos Mananciais Alto Tietê Cabeceiras (APRM-ATC). Certamente um marco na proteção ambiental da região.
O evento terá como foco principal a educação ambiental, que é o pontapé inicial para a preservação e o enfrentamento dos crimes ambientais. São informações que devem ser compartilhadas desde a primeira infância, contemplando a todos. Precisamos voltar o olhar para o que ainda nos resta da natureza preservada para que ainda existam áreas verdes para as futuras gerações.
A Mata Atlântica, bioma costeiro presente do Nordeste ao Sul do Brasil, incluindo o Estado de São Paulo, foi considerada por um levantamento da rede MapBiomas, divulgado no ano passado pela Agência Brasil, como o mais degradado do país. A cobertura da floresta é de menos de 20% da vegetação original. Dados bastante preocupantes, assim como do Sistema Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe), que apontou aumento nos focos de incêndio no comparativo entre 2024 e 2023.
São dados que reforçam a importância da educação ambiental para um dia a dia mais sustentável, e a manutenção das áreas de proteção em cada cidade, com cada pessoa atenta ao seu território como também ao entorno.
Além da educação ambiental, um trabalho muito importante é do Grupo de Fiscalização Integrada (GIF), coordenado pela Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), abrangendo também Prefeituras do Alto Tietê; Polícia Militar Ambiental; Cetesb; entidades de classe, englobando engenheiros, arquitetos, agrônomos e corretores de imóveis, entre outros que participam de ações de fiscalização, mostrando a força do trabalho conjunto para combater ocupações e loteamentos irregulares. É assim, com a união de esforços que aumentaremos a proteção aos mananciais e à natureza de forma geral, evoluindo para o desenvolvimento sustentável.