As represas da região já há algum tempo vêm operando com a capacidade abaixo de 50%, o que é um sinal de alerta para o abastecimento não apenas no Alto Tietê, mas na Região Metropolitana. O levantamento que destacamos na edição digital de hoje com base em dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) do último mês revela uma situação ainda mais preocupante, com o volume dos reservatórios abaixo de 30%. 

A própria Sabesp já começa a tomar medidas para reduzir de alguma forma o consumo, diminuindo a vazão da água. E também são necessárias ações que promovam o uso eficiente do recurso natural, tão importante para os seres humanos, animais, plantas, enfim todos os seres vivos. 

Na região, apenas Mogi das Cruzes conta com um serviço próprio de abastecimento e saneamento básico, o Semae, que faz um trabalho importante, recebendo escolas e conscientizando sobre o uso consciente, além de participar de iniciativas como o Rua Mais Feliz, fazendo parte dos serviços oferecidos pela Prefeitura em determinados bairros da cidade. 

Destaque também para os projetos recentemente anunciados em Mogi e Itaquaquecetuba, por exemplo, com foco na universalização do saneamento básico. Outro ponto importante, que contribui também para a melhoria da saúde da população, deixando de ter contato com o esgoto, que passa a ser tratado e tem a destinação correta, sem poluir também os cursos d’água. 

Como sempre temos avançado, mas os desafios são gigantes, e demanda investimentos milionários, ou na ordem do bilhão, como anunciado em Itaquá. O importante é que os projetos saiam do papel e o quanto antes se concretizem, transformando diversas comunidades do Alto Tietê. 

Vale ressaltar que o desafio também é da população para utilizar de forma consciente a água, evitando o desperdício em lavagens desnecessário ou banhos de longa duração. As ações individuais focadas na sustentabilidade e no melhor uso dos recursos naturais se refletem em toda a sociedade. Que cada um faça a sua parte!