O Mercado Livre de Energia Elétrica é uma realidade e pode apoiar desde pequenas até grandes indústrias do Alto Tietê. Desde o início de 2024, todos os consumidores conectados à rede de alta tensão, independentemente da demanda contratada, podem optar pelas alternativas que tragam mais vantagens. Essa possibilidade reduz os custos de produção, aumenta a competitividade do setor e fortalece o poder de negociação das empresas.
Antes, apenas os grandes consumidores — com demanda mínima de 500 kilowatts — podiam participar do mercado livre. Em especial, as pequenas indústrias precisavam se submeter ao mercado regulado, conhecido como mercado cativo, o que previa a aquisição de energia exclusivamente da distribuidora local. Agora, além de escolher de quem comprar a energia, as empresas podem indicar o tipo de eletricidade desejada, incluindo fontes renováveis.
A medida abre diversas portas para os empresários, pois impacta diretamente o custo da energia elétrica — um dos principais componentes do custo de produção. No modelo do Mercado Livre, não se aplicam os mesmos encargos e tributos do sistema cativo, o que representa uma grande vantagem. Outro benefício é a possibilidade de firmar contratos de longo prazo, o que contribui para a previsibilidade e ajuda a mitigar a volatilidade das tarifas reguladas.
No entanto, é importante ressaltar que a decisão de migrar para o Mercado Livre exige estudo, planejamento e processos que nem todas as indústrias, especialmente as pequenas, têm condições de realizar sozinhas. É justamente nesse ponto que o CIESP pode ser um aliado estratégico, oferecendo capacitação, diagnósticos energéticos, consultoria especializada e apoio em todo o processo de transição.
Diante desse novo cenário, é essencial que as indústrias da região estejam atentas às oportunidades. A mudança representa um passo importante rumo à modernização do setor e à busca por maior eficiência energética e econômica. Com apoio técnico adequado, como o oferecido pelo CIESP, até mesmo as pequenas empresas podem se beneficiar dessa transformação, garantindo mais autonomia, previsibilidade de custos e sustentabilidade na gestão de seus negócios.
José Francisco Caseiro é diretor regional do CIESP Alto Tietê