Mais uma vez a implantação do programa de escolas cívico-militares em São Paulo ganha destaque com a vitória judicial do Governo do Estado sobre a Apeoesp para dar continuidade ao processo de contratação de monitores e monitores-chefe que vão atuar nas 100 escolas estaduais já selecionadas para a iniciativa. Na região, serão duas unidades em Mogi das Cruzes, uma em Ferraz de Vasconcelos e outra em Itaquaquecetuba. 

Os monitores serão policiais militares de reserva, e participarão de um processo que envolve a análise de títulos, avaliação da vida pregressa e entrevistas realizadas por bancas formadas por representantes de diretorias de ensino. A intenção é que esses profissionais atuem na segurança escolar, mediação de conflitos e cultura da paz. 

A iniciativa certamente é válida e pode colaborar para que a rotina nas escolas seja mais segura e pacífica, diferente do que ocorre em muitas unidades hoje, com principalmente os profissionais da educação sendo vítimas de violência, mas como sempre afirmamos é sempre preciso ir além para garantir uma educação de qualidade para os alunos da rede pública. 

A segurança é um fator importante, mas é preciso também de investimentos cada vez maiores na infraestrutura oferecida aos estudantes e a equipe de profissionais das escolas, como também mais recursos para a capacitação contínua, valorização e reconhecimento de todos que trabalham pela educação, incluindo professores, gestores e a equipe administrativa. 

Afinal o trabalho de um educador vai muito além das fronteiras da sala de aula e da própria escola em si, com o tempo livre utilizado também para a preparação de atividades e até mesmo de novos projetos que tanto elevam o nome das escolas. Temos bons exemplos nas cidades da região, que em breve vão participar do Fórum Internacional de Educação do Alto Tietê, que será realizado em setembro, com o tema “Educação e Cultura Digital: Oportunidades e Desafios”. 

A educação é mais que um direito à escola, ela também deve ser o pilar para o desenvolvimento da cidadania e da criticidade diante das vivências do dia a dia.