Em tempos de ataques digitais cada vez mais sofisticados, o elo mais fraco ainda é o mesmo: o fator humano. A ausência de programas contínuos de conscientização em segurança da informação tem custado caro, especialmente para empresas que acreditam que “não são alvo”.

Pesquisas da área de cibersegurança apontam que a maioria dos incidentes ocorre por falhas humanas. Isso inclui cliques em links maliciosos, compartilhamento indevido de senhas e até o uso de contas pessoais em dispositivos corporativos, prática comum e extremamente arriscada.

Nas pequenas empresas, muitas vezes não há uma equipe de TI estruturada. Um único descuido pode representar a interrupção total das operações. Já nas médias, é comum observar investimentos em ferramentas, mas com ausência de cultura interna. Grandes corporações, por sua vez, mesmo com tecnologias robustas, sofrem por excesso de confiança e baixa adesão aos treinamentos.

A conscientização precisa ser vista como investimento, não como custo. Capacitar colaboradores, simular situações reais e criar uma cultura de responsabilidade digital são ações que reduzem drasticamente as chances de incidentes graves.

Duas medidas simples e eficazes podem ser adotadas:

1.    Política de segurança clara e divulgada. Mais do que ter documentos, é essencial que todos saibam como agir, desde o estagiário ao diretor.

2.    Campanhas educativas contínuas. Palestras, vídeos curtos e exemplos reais engajam muito mais do que manuais esquecidos na intranet.

Ignorar a conscientização é assumir riscos invisíveis. E o preço da ignorância digital, hoje, pode ser a sobrevivência do próprio negócio.

 

Fábio Queiroz é CEO da SanviTI TSI, Especialista em Tecnologia e Segurança da Informação.