A instabilidade climática traz risco de tempestades mesmo fora do período mais chuvoso do ano. Estamos no outono e alguns lugares ainda sofrem com enchentes, como recentemente nas cidades do ABC, na Região Metropolitana do Estado. Um problema sem soluções mágicas e imediatas, mas que começa a ser trabalhado com investimentos no combate à vulnerabilidade de certas regiões, com ações preventivas como o desassoreamento de córregos e rios, especialmente o Tietê.
Destaque na edição digital de hoje para a instalação de sirenes de alerta pela Defesa Civil do Estado, começando pela cidade de Ferraz de Vasconcelos. Voltado para áreas com risco de alagamentos e deslizamentos, o equipamento será acionado em casos de necessidade de evacuação imediata.
O sistema de a alerta já funciona em cidades bastante afetadas pelas chuvas ao longo dos anos, como Franco da Rocha, e São Sebastião, onde no carnaval de 2023 mais de 60 pessoas perderam a vida. No mesmo ano, aliás, um homem morreu soterrado em Ferraz, vítima de um deslizamento de terra.
As sirenes são uma iniciativa importante do governo do Estado, com papel fundamental para um socorro imediato, e precisa vir acompanhado de investimentos para que com o tempo possa ser realizada na verdade a retirada dessas famílias das áreas de risco. Que mesmo com o monitoramento contínuo e o sistema de alerta, diante da instabilidade climática, o risco é reduzido, mas ainda está lá.
Sempre importante lembrar que temos conquistado importantes avanços. O governo estadual e as prefeituras têm se mobilizado, e trabalhados juntos no combate às enchentes, também unidos por meio do Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat+). Porém, os desafios são muitos e se acumularam ao longo dos anos, com pontos de alagamentos e áreas de risco que aguardam por uma solução há anos.
A expectativa é que a vulnerabilidade dos territórios seja reduzida, intensificando o ritmo das ações na medida do possível, para que tenhamos um desenvolvimento sustentável e seguro.