O Alto Tietê tem uma riqueza cultura nem sempre bem explorada por sua população. Somos uma região que produz um cinema de qualidade, como o curta-metragem que destacamos hoje do cineasta Rodrigo Campos e sua equipe, resgatando a memória de imigrantes italianos em Mogi das Cruzes. E também o trabalho do músico mogiano Pedro Cirilo, que concorre a uma premiação nacional com a participação em um álbum gravado no estúdio de áudio e música da cidade. 

São só alguns exemplos do quanto a produção artística da região é pulsante e atua nas mais variadas frentes. Temos ainda o trabalho desenvolvido em Poá pela Associação Cultural Opereta e o Espaço IAUÊ, este com foco em povos originários, já em Suzano, são muitas as ações nos centros culturais espalhados pela cidade, o que deveria ser exemplo para todo o Alto Tietê, descentralizando a cultura e as formações oferecidas. Vale ressaltar também o Galpão Arthur Netto de Cultura e Cidadania, em Mogi, e nosso articulista, o escritor Marcelo Barbosa, que vem levando sua obra e o incentivo à leitura para além das fronteiras de Ferraz de Vasconcelos. 

Recentemente também aumentaram as leis de incentivo, porém ainda é preciso o engajamento de empresas para patrocinar o setor, a partir da redução de impostos. Foi na pandemia de Covid-19, diante do isolamento e distanciamento necessário, que o valor da cultura se mostrou mais evidente. Como superar momentos assim sem as lives de artistas e apresentações das mais variadas pela internet? 

Viver de cultura é desafiador, mas temos nossos heróis lutando pelo setor, sua valorização e crescimento. Todo nosso reconhecimento a esses profissionais também essenciais para dar novas cores aos nosso dia a dia, ocupando os mais variados palcos nas cidades. 

Seguimos avançando com leis de apoio ao setor, beneficiando vários artistas e produtores culturais, mas sempre há muito a fazer, e um longo caminho a ser trilhado para incentivar também que novas gerações apreciem a cultura regional, e quem sabe façam dela também parte do seu futuro.