Em tempos digitais, a segurança cibernética é outro requisito a zelar, uma vez que, atualmente, documentos pessoais, contas bancárias, agenda pessoal e a rotina de todos está concentrada no aparelho celular! Por meio do qual qualquer um pode encontrar essas informações e causar um caos aos cidadãos.
Diante disso, é emergente a promoção de uma navegabilidade mais segura nesses ambientes. Com tantos dados à disposição das plataformas virtuais, e estas à mercê de experts em compilar essas informações, rastrear a vida de quem os interessa e causar ataques hediondos no mundo virtual, orientações sobre como se proteger de tais situações estão entre as premissas a serem transmitidas à sociedade.
Isso porque estudos apontam que não só os idosos - como muitos pensam - estão propensos a caírem em golpes, dentre eles os bancários. Segundo uma pesquisa realizada pela CECA - uma associação espanhola de bancos e caixas econômicos -, a Geração Z sofre da mesma exclusão digital que os mais velhos.
O grupo realizou um questionário com foco em segurança cibernética, perguntando aos jovens entre 18 e 29 anos sobre o assunto. De todos os pesquisados, 57% admitiram ter pouco conhecimento sobre o tema.
A mesma pesquisa constatou que 28% dos jovens acreditam que seu banco pode contatá-los por meio de canais não oficiais, como mensagem SMS, um e-mail ou até mesmo um recado do WhatsApp, para realizar operações nas quais são solicitadas senhas ou dados vulneráveis.
Apesar de ter sido afirmado que um banco nunca solicitará essas informações, o estudo mostra que as pessoas com menos de 30 anos são as que menos prestam atenção às orientações do banco e apenas 33,2% as seguem. Em contraste, no caso das pessoas com mais de 65 anos de idade, 66% o fazem.
Mais uma vez a educação digital - que perpassa por um processo de alfabetização e letramento - entra em cena. Ela é a melhor aliada para promover medidas de segurança e, principalmente, formações para que todos - independentemente da faixa etária - possam navegar com confiança no espaço virtual, onde, também, devem, e muito bem, exercer sua cidadania digital, usufruindo dos benefícios e se precavendo dos malefícios aos quais esse universo os expõe.
Suéller Costa é jornalista, pedagoga, educomunicadora e pesquisadora. Doutoranda em Educação (FEUSP). Mestre em Ciências da Comunicação (ECA/USP). Especialista em Educomunicação (ECA/USP). Sócia da ABPEducom e APEP. Idealizadora do Educom Alto Tietê. Contatos: @educomaltotiete; @suellercosta