As ondas de calor não param de chegar, como previsto agora para o período de Carnaval, com temperaturas acima de 30ª graus, não apenas no Alto Tietê, mas em todas as regiões do Estado de São Paulo. Elas impactam os mais diversos segmentos, principalmente a saúde da população, como podemos perceber diante do crescimento de casos de dengue no interior do Estado, e com a possibilidade de que a Região Metropolitana também enfrente uma epidemia.
Mesmo para quem gosta do verão, que sempre foi a estação de temperaturas mais quentes, mas nada comparada com o que vivemos hoje, o calor é excessivo. E assim como no frio extremo, quem vive em situação de vulnerabilidade tem ainda mais dificuldades pela frente, enfrentando riscos maiores para a saúde.
É preciso estar hidratado constantemente, evitar os períodos de maior intensidade dos raios ultravioletas, cuidar da alimentação, da ventilação e umidade dos ambientes, o que já é desafiador, e se torna ainda mais para quem vive em situação de rua, por exemplo.
O desafio também está nas escolas, sejam municipais ou estaduais, não há muitos ambientes preparados para um calor com a intensidade atual. Salas contam com ventiladores, mas por vezes os equipamentos estão quebrados ou não são eficazes para atenuar temperaturas acima de 30º graus como temos vivido nos últimos dias.
O governo do Estado tem investido na climatização de escolas, mas a porcentagem ainda é mínima frente a grande quantidade de instituições espalhadas pelos mais de 600 municípios paulistas. E não há como negar que o calor também afeta o aprendizado e impacta negativamente o desempenho dos estudantes.
Vamos avançando mas sempre há muito mais a ser feito para convivermos com menos problemas diante das emergências climáticas. Não milagres, mas é preciso ter investimentos constantes para encontrarmos soluções, mesmo que a médio prazo. Infelizmente a tendência é que as ondas de calor se intensifiquem, e as estações sejam menos definidas, como em outros tempos. Precisamos estar preparados!