Desde a Idade Média a razão tem se preocupado em derrotar a fé. Darwin com o Evolucionismo, na ciência; Voltaire nas Letras apregoando o Ateísmo; Marx, escritor russo, na ideologia política de alcançar um mundo perfeito sustentado pelo Estado e Freud, o pai da Psicanálise, todos eles introduziram em suas pesquisas a Psicologia Moderna, conseguindo, assim, desviar a consciência coletiva do Deus da Bíblia para o deus do eu. Em qualquer época que as pessoas tentam derrubar Deus da vida nacional, elas encontram um substituto patético para preencher o vazio. Na Antiguidade eram os ídolos esculpidos pelas mãos humanas, e hoje, não é tão diferente do passado, há uma lista quase inesgotável de coisas que as pessoas adoram em vez de Deus.
Na atualidade, a ciência e a tecnologia estão em voga. Ninguém duvida que a tecnologia esteja mudando profundamente nosso jeito de viver. Muitos progressos tecnológicos são inquestionavelmente benéficos. Entretanto, existe um lado negativo na paixão pela parafernália eletrônica, principalmente do celular, ocupando o coração do homem em sua busca prazerosa de entretenimento, bem como de conhecimento, sem medir o tempo de uso, tornou-se um dependente dele, como um viciado, tendo até síndrome de abstinência quando não tem condição de usá-lo. Idolatrado como um deus tornou-se uma religião high-tech (de alta tecnologia), uma multidão de seguidores obedece os seus "mandamentos" quanto ao modo de vestir, de comer, de morar, onde estudar, o que ler, onde comprar, onde se divertir, roteiros turísticos, guias de endereços nas cidades e nas rodovias, academias para modelar o corpo, e mais sem fim.
Agora, também, de mãos dadas com a inteligência artificial. Estamos perdendo a criatividade pela facilidade de informação. Os avanços tecnológicos do homem estão limitados por Deus, a fonte de toda sabedoria, e desta fonte Ele sacia gradualmente a sede do homem pelo conhecimento através das eras desde a criação do mundo.
Mauro Jordão é médico.