Um assunto recorrente neste espaço tem sido a segurança viária. Infelizmente a cada mês, no acumulado do ano, de acordo com os dados do Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo (Infosiga), temos percebido um aumento alarmante de mortes em decorrência de acidentes de trânsito na grande maioria das cidades da região. 

Como destacamos na edição de hoje, exceção apenas para Santa Isabel, que apresentou queda no número de óbitos registrados. Em algumas cidades do Alto Tietê, o número mais que dobrou no comparativo entre o período de janeiro a outubro deste ano e de 2023. 

Na semana passada, também destacamos a falta de radares na rodovia Mogi-Salesópolis, um problema que se arrasta, e pela resposta do Governo do Estado, encontra obstáculo na burocracia para ser resolvido. Muito se fala na “indústria da multa”, nos “radares estrategicamente colocados para captarem recursos”, mas são eles também os responsáveis por conter os motoristas mais afoitos e que desrespeitam os limites de velocidade em troca de cinco minutos a mais em um caminho.

A decisão por uma ultrapassagem indevida, o excesso de velocidade, atender uma ligação ou mandar uma mensagem no celular, e também beber antes de dirigir é assumir o risco por um possível acidente, que pode levar a morte, não apenas de quem tomou a decisão, mas de outras pessoas, que seguiam pela mesma via. Estar ao volante deve ser um momento de extrema atenção com o próximo, não só pelos erros que podem surgir, mas para uma direção segura e atenta ao que estabelece o Código Brasileiro de Trânsito (CTB). 

Como em tantos outros segmentos de nossa vida em sociedade, temos uma legislação a ser seguida por condutores, pedestres e todos os envolvidos no trânsito por vezes caótico das cidades. Se optarmos por segui-las, por estarmos devidamente educados para o trânsito, em vez de partir para o confronto ou atrás daquele milésimo de segundo para chegar a tempo de um compromisso, podemos evitar que mais tragédias ocorram.