A saúde certamente está no topo das preocupações da população, que nem sempre encontra o atendimento devido, desde às unidades básicas até serviços de urgência e emergência e hospitais. Na edição de hoje, destaque para uma ação de fiscalização do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP), realizada nesta semana em postos e unidades de saúde de mais de 200 municípios, incluindo cidades da região.
De acordo com o órgão, que agora tem entre os conselheiros, o ex-prefeito de Mogi das Cruzes, Marco Bertaiolli, foram encontrados medicamentos vendidos e indevidamente armazenados, falta de vacinas e remédios essenciais, equipamentos de exames quebrados e falhas na estrutura.
O relatório final ainda será divulgado, mas apenas estes apontamentos já demonstram graves problemas não apenas para quem depende do serviço público, mas também para os profissionais de saúde, que precisam de uma estrutura mínima para desenvolver adequadamente sua função.
É importante ressaltar que muitas das unidades de saúde são gerenciadas por organizações sociais que precisam ser devidamente fiscalizadas para que ofereçam o melhor serviço à população e boas condições de trabalho aos seus contratados.
No ano passado, o TCE-SP também realizou uma ação conjunta com o Ministério Público de Contas e com o Ministério Público do Estado para obter uma radiografia dos acordos firmados, com o intuito de aperfeiçoar o controle dos recursos públicos repassados. E é fundamental que essas transações ocorram de forma transparente, cumprindo todas as exigências legais.
A maioria da população depende dos serviços públicos de saúde e nos postos e unidades básicas são a porta de entrada desse atendimento, que deve ter como meta a promoção da saúde. A cobrança por melhorias deve partir dos cidadãos, usuários dos serviços, e também do poder público, responsável pela destinação de verbas, que devem ser devidamente aplicadas, garantindo uma estrutura mínima para o atendimento dos pacientes, e também para o trabalho realizados pelos profissionais de saúde.