Um dos grandes desafios para o país é a geração de emprego. Embora haja otimismo com o crescimento da atividade econômica no fim de ano, com a injeção de recursos como o 13º salário, que apenas na indústria regional deve representar mais de R$ 200 milhões, ainda temos uma grande parcela da população sem acesso a esse tipo de benefício, lutando para encontrar uma oportunidade no mercado de trabalho. Os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta semana pelo Ministério do Trabalho, mostram um pequeno crescimento das vagas ao longo do ano em relação a 2023.
Embora tenhamos milhares de vagas disponíveis a cada semana, como noticiamos no Portal News nas segundas-feiras, há uma dificuldade na contratação de mão de obra. As vagas exigem cada vez mais qualificação e outras habilidades que nem todos os trabalhadores têm. Mesmo com os programas de capacitação oferecidos nas cidades ainda há um longo caminho para suprir o quadro de colaboradores, atendendo ao que o mercado espera.
Esses desafios na geração de empregos aumentaram com a pandemia de Covid-19, e ainda estamos em uma longa recuperação econômica, com perspectivas otimistas, mas também ainda distante dos resultados alcançados em outros tempos. O poder público se movimenta, com ações para tentar estimular novos investimentos, e o que mais cresce atualmente são as pequenas empresas, também importantes geradoras de vagas.
Por outro lado, temos um número cada vez maior de Microempreendores Individuais (MEI), pessoas levadas a empreender pela necessidade, por uma oportunidade, ou por um mercado em busca de prestadores de serviços em vez de contratações. Também é importante ressaltar a informalidade, também um caminho para garantir a renda do dia a dia, mas sem as garantias e benefícios de um emprego formal ou mesmo o MEI.
É na formalidade que a maioria das pessoas busca segurança. E é preciso que cada vez mais oportunidades surjam, que a economia tenha um ciclo virtuoso de investimentos que resulte na geração de emprego e renda.