O período eleitoral traz muitas reflexões, que deveriam fazer parte do nosso dia a dia, principalmente, sobre as demandas de quem mais precisa: pessoas em situação de extrema vulnerabilidade, famílias inteiras lutando a cada dia apenas para sobreviver para o dia seguinte; pessoas em situação de rua, que merecem um acolhimento diferenciado, muito além do reforço nos abrigos nos dias de temperaturas mais frias; pessoas com os mais diversos tipos de deficiência que precisam ter seus direitos garantidos, entre tantos outros grupos que já foram chamados de minorias, mas estão muito longe disso, representando uma parcela cada vez maior de nossa sociedade. 

São milhões de excluídos e de excluídas pelo país, como grita a igreja católica a cada 7 de setembro, nos últimos 30 anos praticamente. Pessoas que precisam ter seu lugar de fala, suas reivindicações atendidas para viver com dignidade, com a qualidade de vida que todos merecem. Um dever dos governantes com certeza, por meio de políticas públicas mais eficientes, mas também da sociedade, que precisa realmente enxergar os “invisíveis”. 

Empatia e equidade se tornaram lugares comuns, parecem apenas palavras repetidas a exaustão, mas são extremamente necessárias. É preciso a empatia, o se colocar no lugar do outro, para avançarmos no combate às desigualdades e na redução dos abismos que separam ricos e pobres, e que aumentou nos últimos anos como consequência da pandemia de Covid-19.

E não se trata de igualar as oportunidades, uma grande utopia, mas torná-las mais equânimes, ajustando o desequilíbrio para que as melhorias cheguem a quem precisa, focada em suas demandas e necessidades. Para crescer enquanto nação, um desenvolvimento social, que certamente terá reflexos em uma economia mais pujante, há muito a se fazer, e o primeiro passo é o acesso à educação e saúde de qualidade. Com certeza, o que há de mais básico para todos, e onde as desigualdades ficam mais evidentes, entre o que é público e o que é privado. 

Vamos gritar pelos excluídos e excluídas, e trabalhar juntos pela inclusão de todos.