A marcha humana é uma forma de locomoção bípede com movimentos cíclicos, que demanda interação entre os sistemas neuromotor, sensorial, musculoesqueletico, e requer mínimo consumo de energia metabólica. 

A sua prática oferece um conjunto de benefícios: o desenvolvimento da saúde física e mental, redução do risco de aparecimento de algumas doenças, a conservação do bem-estar e uma boa condição física que estimula o desenvolvimento de qualidades sociais, psicológicas, técnicas e táticas, todas estas importantíssimas para vida humana.

Vale lembrar que a marcha normal tem algumas definições iniciais que são importantes para o estudo da marcha humana: Passo é a distância (ou o tempo decorrido) desde o apoio de um calcanhar no chão até o apoio do calcanhar do outro pé; passada é a distância (ou o tempo decorrido) desde o apoio de um calcanhar no chão até o apoio do calcanhar do mesmo pé no chão; largura do passo é a distância entre a borda medial dos pés durante a marcha; cadência é o número de passos que ocorre numa unidade de tempo (passos/minuto) e velocidade corresponde à distância percorrida por unidade de tempo. 

As principais fases da marcha são duas: a de apoio, que representa 60% do ciclo, absorvendo o impacto e sustentando o peso do corpo, e a outra fase é de balanço, representada por 40% do ciclo, encurtar o membro e avançá-lo adiante.

Clarificando a todos locomover é tudo que se move de inúmeras maneiras. Andar existem diversas maneiras, está permeado por aspetos culturais, sociais, psicológicos, entre outros. Agora a marcha humana é a caracterização mecânica e funcional da habilidade de locomoção que nos permite deslocar pelo espaço terrestre com maior coordenação e eficiência.


Dr. Luiz Felipe Da Guarda é fisioterapeuta e Diretor Científico Associação Brasileira de Perícias Fisioterapêuticas - ABRAPEFI  - @abrapefi