A mobilidade é um desafio para todas as esferas de governo, desde os ônibus que circulam pelas cidades até os trens que cortam diferentes municípios do Estado. Na sexta-feira (21), Mogi das Cruzes receberá um importante debate sobre a concessão das Linhas 11, 12 e 13 da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Na edição de hoje, destacamos os investimentos esperados pelo Governo do Estado com a cessão para a iniciativa privada. O negócio de bilhões contempla até mesmo a tão aguardada chegada dos trens ao distrito de Cezar de Souza.

Que assim seja e tenhamos os recursos esperados, que possam realmente contornar a questão do pedágio nas rodovias Mogi-Bertioga e Mogi-Dutra, que virá, sem a devida programação de audiências, como acontece agora com as linhas da CPTM, que também incluem eventos em São Paulo e Guarulhos nesta semana. É importante ouvir a população, mesmo que seja apenas pelo rito que o processo exige, todos devem ter voz. 

A expectativa é de benefícios reais como a também prometida redução dos intervalos, ainda mais depois do período de “baldeação” em Suzano, que tanto prejudicou os mogianos, aumentando consideravelmente o tempo das viagens. 

Há muito a ser feito, e à população cabe o papel de apresentar suas demandas e fiscalizar que o for estabelecido no contrato de concessão seja cumprido pela empresa vencedora do leilão. Infelizmente o que se vê em São Paulo, com as linhas já concedidas são os mesmos problemas vividos por quem trafega por aquelas ainda sob o controle da autarquia estadual, com manutenções e falhas frequentes nos horários mais diversos, especialmente os de maior movimento. 

O Governo do Estado também tem seu papel nesse processo, e deve exigir as melhorias previstas, visando a segurança e conforto dos passageiros, que passam horas no transporte ferroviário, sujeito a problemas que nem sempre são devidamente informados, nem resolvidos em tempo hábil. É preciso participar da audiência, e de forma geral dos debates que envolvem a mobilidade nas cidades, fazendo cada um a sua parte para o bem coletivo.