O menino Manuel desde que nasceu nunca teve nenhum ensino religioso. Tudo que sabia aprendeu na escola da rua, junto com seus outros iguais. Um dia, numa lata de lixo, viu e pegou um livrinho que despertou sua curiosidade e pôs-se a ler suas primeiras páginas. Entusiasmado com a leitura que descrevia a história do personagem Jesus, em poucos dias, ele já O tinha como seu herói. 

De herói ele o elegeu como seu amigo, devido conviver com Ele, em sua imaginação, lendo o Novo Testamento, ouvindo os seus ensinos, vendo a façanha dos seus milagres até entristecer-se com o seu fim – a morte na cruz. Passados alguns anos, quando jovem, alguém lhe falou de Jesus e surpreendeu-se: "Eu conheci esse Jesus, ele era meu amigo! Pena que ele morreu". "Mas Ele ressuscitou!" disse a pessoa "Vamos a minha igreja que a gente vai te explicar". De amigo Ele se tornou seu Salvador, quando entendeu, pelo Espírito, que só a morte de Jesus poderia justificá-lo e salvá-lo pela fé. 

Cristo ressuscitou, o túmulo está vazio, a vitória Dele sobre a morte nos deu vida eterna. Tendo a vocação pelo Espírito e Deus como Senhor, cursou o seminário e tornou-se um pastor de almas. Nesse final dos tempos nosso olhar de tanto ver cenas chocantes de violência, degradação moral, assaltos, calamidades, escândalos, corrupção, tragédias, guerras, barbáries e mortes repetidas à exaustão têm nos embrutecido a tal ponto de julgá-las como fatos corriqueiros que pouco desperta nosso sentimento de benignidade. 

Jesus disse que no fim dos tempos o amor de  quase todos esfriará e que na sua 2ª. Vinda será que encontraria fé na terra. A banalização da cruz minimiza o significado da morte de Jesus e da sua ressurreição que nos dá a vida eterna. Sem amor: destruição da civilização; sem fé: perdição eterna. No livro de João 11: 25-26 Jesus diz para você: "Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente. Você crê nisso?". 


Mauro Jordão é médico.