A segurança viária é um desafio para todos os envolvidos no trânsito nosso de cada dia. E a ação desenvolvida pela Prefeitura de Mogi das Cruzes, como parte da programação do Maio Amarelo, pediu nesta segunda-feira (13), calma aos motoristas com a distribuição de sachês de chá de camomila. Não são raras as ocasiões, em que além do respeito fundamental às leis de trânsito, a paciência é mesmo um grande aliado de quem está atrás do volante, seja um motorista profissional ou não, como também dos pedestres e daqueles que estão sob duas rodas, sejam motos ou bicicletas. 

As decisões no trânsito são tomadas em segundos, mas respirar diante de uma ação indevida de outra pessoa no trânsito, pode fazer a diferença entre mais uma briga sem sentido, que pode ter um trágico desfecho. É preciso cumprir a lei, e esperar o mesmo do outro que compartilha o mesmo espaço conosco, mas a agressividade e a violência não são a melhor maneira de encontrar uma solução diante de um conflito. 

Vivemos tempos de um diálogo difícil, sem muita abertura para opiniões controversas, e isso nos mais diferentes âmbitos de nossa sociedade. Até mesmo na saúde, quando o assunto é imunização as opiniões se dividem, dificultando que o país alcance as metas, mesmo diante de uma epidemia, como vivemos agora com a dengue, com alta no número de casos, e também de mortes. 

O gesto simbólico com o sachê do chá carrega esse pedido de paciência, de calma no trânsito, mas também poderia ser uma chamada para o diálogo, para estar mais aberto e ouvir o que o próximo tem a dizer. No trânsito, infelizmente, os erros são frequentes e se repetem, tanto de motoristas como de pedestres, e ninguém está imune a eles.  

Claro que não há diálogo possível para quem coloca em risco sua vida e a do próximo ao dirigir sob efeito de álcool ou fica mais atento ao celular enquanto dirige do que ao trânsito em si. São atitudes puníveis com multas, que podem ser responsáveis por fatalidades. Um veículo motorizado pode ser uma arma, e com certeza, dependendo da forma como é usado, pode significar a diferença entre a vida e a morte de alguém.