Maio vai chegando ao fim e nos preparamos para junho, que tem logo no início com uma data importante: o Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado no próximo dia 5. Cada vez mais convivemos com as consequências de nossa relação de pouco respeito com a natureza. A causa ambiental que em um passado não tão distante, por vezes foi encarada como o discurso de determinados grupos de ativistas, hoje mostra sua força, principalmente com os desastres naturais em decorrência das mudanças climáticas, como vemos no Rio Grande do Sul. 

Vêm aí uma série de ações do poder público e da iniciativa privada em alusão ao Dia Mundial do Meio Ambiente, mas é preciso que elas avancem para além do mês de junho. Esta deve ser uma pauta presente no dia a dia, nas pequenas ações como o uso eficiente da água e da energia elétrica, assim como o descarte adequado de resíduos por meio dos ecopontos, que estão aumentando na região. Itaquaquecetuba, por exemplo, já soma quase 20 unidades espalhadas pela cidade. 

Estamos avançando, mas ainda há muito a ser feito para evitarmos novas tragédias como vivem os gaúchos. Precisamos estar atentos e preparar as cidades para crescerem de forma sustentável e com uma infraestrutura adequada à realidade atual de chuvas cada vez mais intensas e um clima instável, entre o calor extremo e ondas de frio. Não podemos nos manter ainda embasados no que foi decidido e construído em décadas passadas, como ocorreu no Sul olhando para as enchentes dos anos 1940. 

A questão ambiental e o desenvolvimento realmente sustentável nunca foi tão necessário e urgente. E como todos os grandes desafios de um país, a resposta está na educação. Precisamos de um aumento massivo do investimento na educação ambiental e na pesquisa e desenvolvimento de tecnologias com fontes mais limpas. 

A expectativa é que assim possamos adotar novos caminhos de olho na sustentabilidade, e as futuras gerações sejam mais conscientes de seu papel e da responsabilidade de cada um para vivermos em harmonia com a natureza.