A historicidade da Bíblia nos relata que após o Dilúvio Deus abençoou Noé e seus filhos, e lhes disse: "Sede fecundos, multiplicai-vos e enchei a terra"; porém, ao se multiplicarem, vindo do oriente, deram com uma planície na terra de Sinear e ali habitaram. Em toda a terra só havia uma linguagem. Então, decidiram não obedecer a ordem de Deus para que se espalhassem pelo mundo. Edificaram uma cidade e ali começaram a construir uma torre muito alta, a Torre de Babel, cujo topo chegasse até aos céus, e, assim, se tornariam célebres sem necessidade de se espalharem pela terra. 

Deus sentiu a soberba daqueles homens em desafiá-Lo, e disse: "Eis que o povo é um, e todos têm a mesma linguagem. Isto é apenas o começo: agora não haverá restrição para tudo que intentam fazer". Deus os castigou confundindo a sua linguagem, e por não mais se entenderem foram espalhados por toda superfície da terra. O que aconteceu lá é o mesmo que, hoje, acontece aqui. A inteligência artificial, somada ao progresso da ciência e da tecnologia, está deslumbrando o mundo com descobertas avançadas que permeiam o setor da educação, da saúde, da política e da economia, abrindo caminhos novos nunca antes imaginados.  

A rede social conectada a internet nos tornou uma aldeia global de uma única linguagem em todos os campos do conhecimento humano. Deus derramará a sua ira sobre este mundo, não por causa do seu progresso, mas por causa da arrogância, do orgulho e do engano do homem, como foi descrita na história da Torre de Babel na antiguidade, que pelas suas mãos, através dos recursos tecnológicos e científicos, pode suprir todas as necessidades físicas e psicológicas do ser humano, como também evitar as crises climáticas, no entanto, incapaz de controlar as catástrofes naturais.  

É uma loucura e uma grande tolice crer na teoria explosiva do Big Bang que o "acaso", feito como um deus, em bilhões de anos, tenha criado o Universo. É mais inteligente dizer o que nos diz a Bíblia: "No princípio criou Deus os céus e a terra" do nada, ao criar a matéria há aproximadamente 10.000 anos. 


Mauro Jordão é médico.