O setor industrial é uma das grandes forçam que movimentam o Brasil e o Mundo. Grande gerador de emprego, renda e desenvolvimento, o setor industrial é peça-chave na engrenagem de qualquer país, sendo um dos principais responsáveis por fazer a economia girar.

No Alto Tietê, os números relacionados ao polo industrial regional chamam a atenção. O setor, composto por 2 mil empresas, gera aproximadamente 74 mil empregos com carteira assinada, o que representa 25% do volume total de vagas, de acordo com o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP) Alto Tietê.

No primeiro quadrimestre, as indústrias comercializaram cerca de US$ 3 milhões por dia em mercadorias para o mercado externo.  Ao todo, o volume de exportações atingiu US$ 361,8 milhões, valor 7,5% maior que os US$ 336,5 milhões gerados no mesmo período de 2023. 

Esse desempenho coloca o Alto Tietê como a 21ª regional mais produtiva entre as 39 diretorias do Estado, mas será que ele se manterá a partir de algumas mudanças relevantes que acontecerão na região?

Com a concessão das rodovias Mogi-Dutra e Mogi-Bertioga e a cobrança de pedágio nas ruas estradas, não é difícil imaginar que o setor industrial seja prejudicado, afinal os custos com transporte aumentarão e poderão, inclusive, assustar os empresários que pensam em instalar seus negócios no Alto Tietê.

Os gestores municipais terão que se desdobrar para contornar essa nova realidade, tornas suas cidades mais atrativas e conseguir trazer novos investimentos por meio de indústrias. Também será dever deles cobrar o governo estadual para que cumpra com sua palavra e realize pelos menos as obras de melhorias e mobilidade urbanas prometidas como ‘moeda” de troca pelo pedágio. 

Por parte do governo federal, as cobranças também devem existir, já que a reforma tributária precisa sair do papel, assim como os incentivos precisam chegar até os empresários que pretendem ingressar ou já atuam no setor industrial.