Imagens impressionantes e desesperadoras das enchentes no Rio Grande do Sul circulam pelas redes sociais, jornais, sites, emissoras de TV e outros veículos e nos chamam a atenção para tragédias cada vez mais comum no Brasil. 

A força da água impressiona, assim como a luta de muitas pessoas e famílias pela vida e a resiliência necessária para superar esse momento de catástrofe e retomar a vida de alguma forma, ainda que todo o resto tenha sido perdido, seja bens materiais ou, infelizmente, entes queridos.

 Os temporais na região causaram estragos em cerca de um a cada três municípios gaúchos, fizeram um rio atingir a maior cheia de sua história, romperam parcialmente uma barragem e deixaram pelo menos 33 mortos — além de 74 desaparecidos, centenas de ilhados e milhares de desabrigados.

Em menos de um ano, mais de 100 pessoas morreram no Rio Grande do Sul, vítimas de grandes enchentes e eventos climáticos menores. Foram 81 mortes no ano passado, segundo o governo gaúcho, e mais de 30 neste ano. O cenário desolador é atribuído por alguns especialistas, entre outros fatores, ao enfraquecimento de políticas ambientais, ente elas a que reduz áreas de preservação, permitindo e favorecendo a ocupação de regiões ribeirinhas que, em situações de chuva intensa, são as mais atingidas pelas inundações.

A realidade vivida no Rio Grande do Sul serve de alerta para o Brasil, inclusive o Alto Tietê, que é cortado por um dos maiores e mais conhecidos rios do Brasil, o Tietê. Milhares de famílias vivem próximas das margens de cursos d’água na região e são afetadas por frequentes enchentes nos períodos de chuva intensa. O problema é crônico e está longe de ser resolvido.

Remover as populações que vivem em áreas de risco é o principal e mais urgente desafio a ser enfrentado no Alto Tietê, no Rio Grande do Sul e na grande maioria das cidades brasileiras.

Criar políticas públicas que possibilitem a construção de novas  moradias é fundamental, assim como fazer o controle para que as áreas de risco não recebam mais famílias. Prezar a vida da população é prioridade.