O “Dia do Psicanalista” foi comemorado no último dia 6 de maio, em homenagem ao nascimento do médico neurologista e pai da psicanálise, Sigmund Freud. O criador da abordagem científica, criou o termo psicanálise para o método de escuta de seus pacientes e conquistou o mundo com a revelação, em geral, de que não somos donos dos nossos pensamentos.

Antes de Sigmund Freud, o homem acreditava que suas decisões eram um fenômeno de sua vontade consciente. Freud demonstrou a existência de outra parte de nossas mentes que funcionam no mais obscuro segredo, capaz de comandar as nossas vidas: O inconsciente humano!

No filme Freud, além da alma, obra de 1962, o telespectador tem a oportunidade de conhecer personagens importantes que procuravam entender a mente, e como o pai da psicanálise se tornou um “arqueólogo da psique humana”. Seu nome, história e trabalho ainda são necessários de divulgação e estudos, principalmente por um tema que ora e outra retorna com muita desconsideração e ignorância: Que a psicanálise é uma pseudociência.

Outro elemento para celebrar essa ferramenta de saúde mental é o seu acesso de estudo e prática técnica. Freud, um judeu, estava preocupado que a psicanálise não se tornasse uma ciência judia. Para ele, a abordagem do inconsciente não deveria ser de um grupo religioso, acadêmico e intelectual, mas para todos que querem ter acesso ao conhecimento de si mesmo.

É através do “tripé psicanalítico” que consiste em teoria psicanalítica, análise pessoal e supervisão, que uma pessoa pode compreender as doenças que afetam o comportamento humano e ainda se tornar um analista. Quando eu descobri essa liberdade de estudo, fui um paciente participando de uma terapia e ainda pude em meus dilemas mentais me conhecer e analisar, até chegar a um ponto de teoria e supervisão que saí do divã para a poltrona, com autonomia de reproduzir uma técnica que tem o objetivo de diminuir o sofrimento humano. Sim, podemos ser curados!


Marcelo Barbosa é jornalista, pedagogo e psicanalista. Autor da trilogia “Favela no Divã” e “A vida de cão do Requis”.