A dengue faz parte de um grupo de doenças denominadas arboviroses, que se caracterizam por serem causadas por vírus transmitidos por vetores artrópodes. No Brasil, o vetor da dengue é a fêmea do mosquito Aedes aegypti (significa “odioso do Egito"). Ao saírem dos ovos, as larvas vivem na água por cerca de uma semana e, após esse período, transformam-se em mosquitos adultos, que vivem em média 45 dias. 

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É importante lembrar que os ovos que carregam o embrião do mosquito da dengue podem suportar até um ano a seca e, desta maneira, podem ser transportados por longas distâncias, grudados nas bordas dos recipientes. Essa é uma das razões para a difícil erradicação do mosquito. Até o momento são conhecidos quatro sorotipos – DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4 –, que apresentam distintos materiais genéticos (genótipos) e linhagens.

Aspectos como a urbanização, o crescimento desordenado da população, o saneamento básico deficitário e os fatores climáticos mantêm as condições favoráveis para a presença do vetor, com reflexos na dinâmica de transmissão desses arbovírus. A dengue possui padrão sazonal, com aumento do número de casos e o risco para epidemias, principalmente entre os meses de outubro de um ano a maio do ano seguinte.

Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém as pessoas com idades acima dos 65 anos e aquelas que possuem doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, têm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações que podem levar à morte.  

Os sintomas da dengue iniciam de uma hora para outra e duram entre cinco a sete dias. Uma vez que um indivíduo é picado, leva cerca de três a 15 dias para a doença se manifestar.        


                                              

Dr. Luiz Felipe Da Guarda é fisioterapeuta e diretor científico da Associação Brasileira de Perícias Fisioterapêuticas (ABRAPEFI) - @abrapefi‘