Pessoas que realizam tratamento oncológico costumam apresentar, como um dos efeitos adversos, a queda capilar. Ela chega de forma abrupta e em grande volume, o que, por vezes, assusta, preocupa e traz dúvidas, além de impactar na autoestima - já fragilizada em razão da doença. 


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Esclarecer os pacientes sobre este processo é fundamental, para que, com entendimento e informações consistentes, possam, inclusive, terem suas forças redobradas, e tranquilidade, para prosseguirem com afinco no tratamento e no enfrentamento do câncer. 

Na literatura médica, esta queda de cabelo, em sua forma mais frequente, é o que chamamos de “eflúvio anágeno”. Trata-se de um processo que se desencadeia em razão da administração dos quimioterápicos (medicamentos citostáticos), que compõem a quimioterapia. Além disso, também pode se dar como efeito da radioterapia. Geralmente, a queda dos cabelos tem início dias ou semanas após o início do tratamento em combate ao câncer.

Atualmente, a crioterapia (também conhecida como “touca congelada”) é um artifício que pode minimizar a queda capilar, principalmente com ação de forma preventiva. Porém, cabe um alerta: há indicações e contra indicações, sendo que nem todos os pacientes podem se beneficiar deste recurso. 

Além disso, o uso da crioterapia deve ser monitorado por profissionais habilitados, seguindo todos os preceitos técnicos. E, ainda assim, há efeitos adversos durante o procedimento e que, portanto, merecem acompanhamento sistemático do paciente.

Em sua grande maioria, após o término deste tipo de tratamento, os cabelos voltam a nascer, inclusive, nos primeiros anos, diferentes do que eram, com alterações na sua espessura e na forma. O paciente vai notar. Mas, calma! É normal. 

Manter a tranquilidade e realizar o tratamento oncológico, com total dedicação, é o primordial. Cuide-se, zele pela sua saúde e acredite, sempre, que o melhor virá!

 

Dra. Thálita Rodrigues Eufemia (dermathalita@hotmail.com) é médica e tricologista, com certificação pela International Association of Trichologists (Sidney - Austrália); doutoranda em Ciências Biomédicas; e diretora da JM Renaissance.