Problema antigo na região, os pancadões parecem não ter fim e de um tempo para cá eles ganharam um reforço: as adegas e tabacarias, onde jovens compram bebidas alcoólicas sem dificuldade, a qualquer hora do dia e da noite e qualquer dia da semana. Nunca esteve tão fácil beber. O acesso é ilimitado. 


Elas surgem em bairros residenciais, centros comerciais, periferias e onde mais for possível, mas será que o funcionamento desses comércios está dentro do que diz a lei? As prefeituras conseguem fiscalizar com o devido rigor esses locais? A venda para menores é realmente proibida? Não é difícil imaginar que a resposta para essas perguntas seja não.

E os pancadões que tiram o sossego de centenas de famílias em muitas madrugadas? Os municípios são capazes de combater essa prática? As equipes de fiscalização de posturas são suficientes? Na caso de Mogi das Cruzes, os vereadores afirmam que não. 

Na sessão da última quarta-feira, a Câmara aprovou uma indicação do vereador Mauro Yokoyama (PL) pedindo que a prefeitura utilize e Guarda Municipal no trabalho de fiscalização e aplicação de multas contra festas clandestinas que tanto perturbam o sossego dos mogianos. 

As áreas rurais e periféricas são as mais afetadas. Em sítios e outros imóveis afastados é que acontecem eventos sem qualquer restrição de barulho ou respeito as leis. As regiões centrais também são afetadas, mas principalmente pelas adegas que se acham no direto de colocar mesas e cadeiras nas ruas e assim promovem a reunião de jovens pouco preocupados em fazer silêncio e respeitar o descanso dos demais. 

O reforço da Guarda Municipal nesses dois casos será de grande valia, mas é preciso fazer ainda mais. Atingir o “bolso” dos proprietários de sítios e adegas com multas realmente “salgadas” sem dúvida será muito útil quando a intenção é coibir a realização desses eventos e o funcionamento ilegal desses espaços.

É preciso fechar o cerco, apertar a fiscalização, multar e, se necessário, baixar as portas, caso contrário, muito em breve, ficaremos ainda mais reféns desses comércios e eventos clandestinos.