O transporte sobre trilhos atende milhares de pessoas todos os dias, que saem da região sentido à capital. Os problemas, infelizmente, são frequentes, embora os tempos sejam melhores que os anos em que eram comuns os trens em péssimas condições, com pisos danificados e tantos outros problemas.

O trem expresso chegou, com ar-condicionado, e menor tempo de viagem, mas a lotação continua nos horários de pico, e também é um desafio viajar sentado em horários não tão concorridos. O transporte é e sempre foi um grande desafio para os governantes, e parece que a concessão para a iniciativa privada não trará nenhuma solução mágica, sem a devida fiscalização e os investimentos necessários, como é perceptível nos serviços oferecidos pela Via Mobilidade em São Paulo, com manutenções frequentes que interrompem ou atrasam a circulação de trens. 

Na edição de hoje destacamos a nova estratégica da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) que resultou na redução da circulação de trens nas estações de Mogi das Cruzes, atendidas pela Linha 11 – Coral, e ainda temos um elevador parado desde o dia 27 de janeiro na estação Antonio Gianetti Neto, da mesma linha, localizada em Ferraz de Vasconcelos. Já estamos no dia 7 de fevereiro e a empresa foi acionada, segundo a nota da CPTM, mas nada foi resolvido. Como um elevador poderia ficar parado por mais de uma semana, dificultando a vida de pessoas com deficiência e mobilidade reduzida? 

Outro ponto a destacar é que raramente o passageiro é informado dos problemas e das estratégias adotadas pela companhia, principalmente quando afetam diretamente seu ir e vir, aumentando o tempo de viagem, que demoraria pouco mais de uma hora entre as estações finais Estudantes, em Mogi, e a Luz, no centro de São Paulo. Os passageiros se tornem praticamente reféns de um serviço que se mostra ineficiente e carente de investimentos mais efetivos, que garantam o acesso ao transporte de qualidade, um dos direitos fundamentais de todo cidadão, que não pode ser cerceado.