A cada ano nos preocupamos com uma doença que ganha destaque em função da alta dos casos. Durante a pandemia, nossa atenção estava voltada para o novo coronavírus. Passamos os anos de 2020, 2021 e 2022 focados em sobreviver, vencer uma situação de emergência que nunca havíamos experimentado e receber a sonhada imunização.
Passado esse período sombrio, neste início de 2024 nos vemos apreensivos agora com um antigo inimigo: a dengue. Os casos de contaminação crescem, assim as complicações e, infelizmente, as mortes.
O Brasil registrou nas quatro primeiras semanas de 2024 mais de 217 mil casos de dengue, segundo dados atualizados pelo Ministério da Saúde divulgados na última nesta terça-feira (30). O número é mais que o triplo de notificações do mesmo período em 2023: 65.366.
O painel de monitoramento de arboviroses do governo contabilizou 15 mortes pela doença neste ano e 149 óbitos seguem em investigação. Em 2023, 41 mortes foram registradas.
Diante desse cenário, não é de se estranhar que as pessoas busquem saídas para não se contaminar, e a mais nova delas é a imunização contra a dengue. A campanha do governo federal ainda vai começar e atenderá, neste momento, apenas crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos.
Dessa forma, a busca por vacina nas clínicas particulares tem aumentado. O problema é que o custo da imunização ainda é alto, sendo uma média de R$ 400 por dose, conforme matéria que o Mogi News/Dat traz na edição de hoje.
Como sempre aconteceu no Brasil e em países com grande desigualdade social, aqueles que possuem mais recursos e melhores condições de vida conseguem acessar mais serviços de saúde e, consequentemente, cuidam melhor da saúde.
Felizmente, o Governo Federal também está atento ao momento que o país vive e tenta acelerar a imunização, ainda que em uma parcela pequena da população. Precisamos que a campanha seja mais abrangente o quanto antes, assim como também precisamos entender nosso papel fundamental na prevenção, cuidando para que nossas casas não se tornem criadouros dos mosquitos que transmitem a doença. O trabalho precisa ser conjunto.
