Por volta das 23 horas da última quinta-feira, o prefeito Caio Cunha postou um vídeo em suas redes sociais afirmando que a Santa Casa havia voltado atrás do acordo firmado perante o Governo do Estado de prorrogar o convênio com a cidade para manutenção do funcionamento do Pronto Socorro Municipal por mais seis meses e que suspenderia os atendimentos já nesta segunda-feira (26).

Como era de se esperar, a notícia correu por Mogi, assustou a população e a Santa Casa não se manifestou publicamente sobre o assunto naquele momento. Ao meio-dia o prefeito concedeu uma coletiva dizendo que reforçaria o atendimento nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e que a prefeitura tinha feito tudo que era possível para reverter o fechamento do PS.

Por volta das 18 horas Caio Cunha volta para as redes dizendo “Vitória do mogiano”, já que a Santa Casa tinha desistido de suspender o atendimento e aceitado a renovação do contrato por seis meses, como já tinha sido acordado anteriormente. Nesse mesmo momento a Irmandade divulgou uma nota oficial dizendo que as 11 horas da manhã de ontem havia sido deliberada a decisão pela continuidade das atividades.

O que mudou nessas poucas horas? Porque não se chega a um consenso sobre esse assunto, sem a participação da mídia que acompanha o caso e acaba virando mais um personagem dessa verdadeira novela? Porque a continuidade ou não do PS não é tratada com a responsabilidade e atenção que merece? Quem pode garantir que amanhã a Irmandade não repensará sua decisão e voltará atrás mais uma vez? 

Agora cabe ao governo do Estado, e principalmente à Prefeitura de Mogi, se mobilizarem para encontrar uma solução definitiva para toda essa situação em apenas seis meses. O tempo é curto e o desafio é grande. Saúde é assunto sério e a falta de serviços afetará o lado mais fraco desse cabo de guerra, que é a população mais carente que não terá recurso para buscar outra opção de atendimento. É preciso ter palavra e compromisso a partir de agora para que se defina o melhor caminho a ser trilhado. Nossos votos de que realmente consigam.