Uma política pública para ser eficiente precisa ser construída a partir do diálogo com todas as partes envolvidas. É preciso que o que será criado seja realmente efetivo e atenda a demanda da população. Um atendimento mais assertivo nas unidades das prefeituras, visando a autonomia e independência das pessoas com deficiência é necessário e muito bem-vindo. 

Nossos parabéns a Mogi das Cruzes pela Central de Intermediação em Libras, a Língua Brasileira de Sinais, bastante importante para a inclusão de pessoas surdas e/ou com deficiência auditiva, oferecendo por meio de videochamada intérpretes treinados para sanar dúvidas e intermediar o atendimento no serviço público. 

O evento realizado nesta quinta-feira contou com a presença de Cid Torquato, mogiano, CEO da ICOM, empresa responsável pela ferramenta. Advogado, com longa experiência na área de tecnologia, em 2007, ficou paraplégico após um mergulho na Croácia. No seu caminho de reinvenção, foi secretário municipal da Pessoa com Deficiência de São Paulo, e vem desenvolvendo um importante trabalho de inclusão e da acessibilidade digital e foi secretário municipal da Pessoa com Deficiência de São Paulo.

Assim como ele, outras pessoas com deficiência, seguem se reinventando encontrando caminho no esporte e nas artes, e também o mercado de trabalho se abre, e conta com cotas para atender esse público. Indo além das cotas é preciso também oferecer capacitação profissional e, muitas vezes, tirar do isolamento pessoas que se sentem limitadas pela deficiência, ou são vítimas do preconceito, chamado de capacitismo. 

Bem longe da ineficiência e da falta de capacidade que alguns acreditam de forma equivocada, as pessoas com deficiência têm muito a contribuir, assim como outros grupos que são menosprezados como os muito jovens sem experiência e os mais velhos com um longo tempo de estrada. Precisamos rever as oportunidades oferecidas e realmente ouvir as demandas dessa importante parcela da população para uma inclusão verdadeira, que abrace e acolha a todos.