O conteúdo do Grupo Mogi News nas segundas-feiras é iniciado com uma reportagem especial sobre oportunidades de emprego disponíveis nos serviços de encaminhamento de prefeituras da região, geralmente um bom número de vagas para diferentes funções. Notícias sempre positivas, de mercados em recuperação, da economia voltando a crescer, mas pelo que vimos também ontem, a situação não é tão promissora quanto parece. Nesta segunda-feira, também iniciamos o dia com a notícia de desligamentos feitos em uma grande montadora do país, a GM, atingindo as unidades de Mogi das Cruzes, São Caetano e São José dos Campos. Trabalhadores que foram desligados e informados da decisão da empresa por e-mail ou telegrama. 

Diante da ação da empresa, o Sindicato dos Metalúrgicos decidiu em assembleia pela paralisação de toda a empresa em Mogi, por tempo indeterminado, são mais de 400 trabalhadores que optaram por cruzar os braços em apoio aos colegas demitidos. Nossa economia realmente não vive seu melhor momento, são muitas as oscilações, mas é preciso manter o diálogo que vinha sido feito entre as partes, como alega o sindicato. Cabe aos envolvidos encontrar caminhos para que as demissões que precisam ocorrer para manter as operações, como alega a empresa, ocorram da melhor maneira possível, talvez com a oferta de palestras e cursos em parceria com outras instituições, como o Sebrae-SP, mostrando outros caminhos possíveis. 

Muito se fala também que os empregos com carteira assinada estão em extinção, assim como os trabalhadores que permanecem por anos em uma mesma empresa. Mas essa mudança cultural, que já faz parte da vida das novas gerações, ainda demanda tempo para que alcance outras classes de trabalhadores de nossa sociedade. Não há como negar que é preciso aprender sempre, buscar qualificação contínua, principalmente em tempos de avanços tecnológicos que surgem a cada momento. Vivemos novos tempos, e precisamos estar preparados para enfrentá-los, mas quem está quando ocorre uma demissão em massa? Que o diálogo prevaleça entre a empresa e trabalhadores. 

O que também nos assombra sempre é a violência, e ontem tivemos mais um caso de ataque a uma escola na cidade de São Paulo, que resultou na morte de uma estudante. É cada vez mais difícil de entender como um jovem toma uma atitude assim e se volta contra colegas de escola. E diante de casos assim o investimento em segurança aumenta, e o que precisaria ser voltado para a saúde mental de crianças e jovens não está no foco principal como deveria.