Duas lições, preciosas, Deus nos ensina em Sua Palavra: primeiro, que Ele é o Autor e o Senhor da vida; segundo, que a nossa qualidade de vida, segundo Sua vontade, nos pertence administrar. Deu-nos o intelecto para discernimento entre o bem e o mal; e a vontade para pôr em prática, um deles, consoante  ao nosso caráter. 

Apressado, o ser humano se desvia do caminho correto, apontado por Deus, para resolver seus problemas e, então, toma o atalho da morte a fim de apagar e esconder rastros de erros e pecados cometidos que possam comprometer sua reputação na família, na Igreja ou na sociedade, como no caso do aborto criminoso ou legalizado. Havendo descriminalização do aborto pela lei humana não deixará de ser crime perante o tribunal de Deus. 

Ele, o justo Juiz, fará cumprir a pena sentenciada ao condenado, a Mão de Deus pesa, mesmo que haja o perdão pelo arrependimento. Há aplausos pecaminosos com alegres festejos dos manifestantes, com seus cartazes, quando é anunciada a aprovação, em seus países, do aborto descriminalizado, como aconteceu recentemente na Irlanda e na Argentina, e não tenham dúvida, essa onda de descrença em Deus e de desrespeito à vida está chegando ao Brasil, já em pauta de discussão no Congresso. 

Como harmonizar a morte de milhões de embriões que seriam fetos e depois crianças para salvar a vida de um por cento de mulheres, em sua maioria por "gravidez indesejada". Nem aqueles e nem estas devem morrer, a prática do aborto tem matado mais que as guerras, mais que o trânsito e que o câncer. Essa tragédia poderia ser diminuída ou evitada se todos os países fossem mais pródigos em seus gastos públicos para financiar melhor seus programas de planejamento familiar possibilitando o incentivo e a eficiência necessária que venha a produzir a queda estatística da morte de adolescentes, jovens e mulheres casadas, diminuindo, assim, a "gravidez indesejada" e as doenças sexualmente transmissíveis; e, consequentemente, evitando a matança pecaminosa dos embriões.

Mauro Jordão é médico.