Pensar as cidades para o futuro em seus mais diferentes aspectos, como a infraestrutura necessária para atender o crescimento populacional e suas muitas demandas nunca foi o traço forte de nossas cidades, Estados e do país de forma geral. As gestões vão mudando, os projetos sendo alterados, e as cidades vão crescendo, geralmente, de forma desordenada, com a população ocupando espaços nem sempre adequados, por vezes áreas de proteção ambiental. 

São muitos os desafios para cidades com melhor planejamento e atenta às demandas de sua população, nos mais diferentes grupos etários, nas múltiplas deficiências, e na vulnerabilidade que, infelizmente, aumentou nos últimos anos, especialmente em decorrência da pandemia. Diante de muitos desafios, é preciso dialogar com a sociedade para um futuro mais promissor para todos, e este o caminho que vem sendo percorrido por Mogi das Cruzes com o Projeto Mogi 500 Anos.

O planejamento estratégico da cidade para o futuro é muito bem-vindo e deve mesmo contemplar a união de esforços na construção da Mogi desejada pela população, atendendo as especificidades de cada território e a diversidade de seus habitantes. Na última quarta-feira, como destacamos na edição de hoje, a Prefeitura de Mogi apresentou a primeira etapa do projeto, dedicada ao diagnóstico da cidade. O levantamento de dados e informações junto às comunidades envolvidas é fundamental para a construção de políticas públicas cada vez mais eficientes. 

No evento do Mogi 500 Anos foi anunciada a criação de um Conselho com caráter deliberativo para acompanhar o andamento da iniciativa. Um ponto positivo nessa construção, dando o direito da sociedade civil organizada e entidades relevantes da cidade em participar de forma ativa do planejamento do futuro de Mogi. Um futuro a ser construído por muitas mãos tem mais chances de atender a cidade no que ela realmente necessita para crescer de forma sustentável e com qualidade de vida.