O Estado quer que eu morra. Os brasileiros trabalham muito, não os vagabundos, os honestos, e depois são chamados de "Mané" por autoridades. A maior ofensa é ser chamado de vagabundo. Trabalhar desde os 12 anos de idade, se aposentar com um mínimo da previdência do INSS e não ser valorizado. É, o Estado quer que eu morra e você também. Trabalhar e contribuir com mais de 80 tributos é uma vergonha, uma vez que não há retorno para saúde, educação e segurança.

O Brasil está entre os últimos na educação. A violência cresce cada dia e as autoridades colocam os presidiários e condenados na rua. Pagam um salário mínimo para o trabalhador e um auxílio reclusão para bandido muito maior. Incrível! Não tem jeito, o Estado espolia-nos por todas as formas e ainda quer que eu morra. Que desânimo. Não quer que trabalhadores se aposentem com menos de 65 anos e os obriga a pagar todos os tributos, constituindo-se o Brasil, na maior carga tributária do mundo. Para quê? Para receber serviços de país subdesenvolvido? Pior que os serviços da Uganda, da Eritréia e de Burkina Faso.

É um Estado gastador, frio e medíocre, pois os homens do Estado Brasileiro são seres que não têm amor pela vida dos seus iguais. Um Estadista de verdade ou governante que pensasse verdadeiramente em seu povo, teria orgulho de ver o povo e a nação desenvolvidos. O Estado (tanto algumas unidade federativas, como alguns agentes da união) possui autoridades que negociam com a "bandidagem", não pagam corretamente os servidores públicos, principalmente os da área da segurança pública e os da Educação, principalmente a laboriosa classe dos professores.

O que se pode esperar deste Estado? Tanto da Unidade Federativa, dos municípios e da União? É um Estado incompetente, que vem sendo encurralado e está refém da criminalidade de toda ordem e de autoridades do Judiciário. País rico, Estado medíocre, autoridades encurraladas devido às vaidades e sede de poder. O que fazer para o Brasil se tornar uma nação desenvolvida, rica e um povo feliz? Desafios.

Olavo Arruda Câmara é advogado, professor, Mestre e Doutor em Direito e Política.