Uma equipe multidisciplinar de saúde, quando bem-estruturada, pode ser usada como estratégia para tornar o atendimento mais qualificado, efetivo e seguro para o paciente. Além disso, é possível promover diferentes ações que resultem em benefícios clínicos, humanísticos e econômicos para a instituição. Sim, cada vez mais vemos a importâncida da saúde de modo horizontalizado, onde não há hierarquia e/ou técnicas e profissiões supremas.

Bom seria se seguissemos uma conduta como já existe em renomadas instituições. Após a avaliação do paciente, imediatamente ou posteriormente, dependendo da gravidade do caso, a equipe se reúne e discute as principais estratégias de intervenção. Levando em consideração os principais critérios que são o nível de gravidade da doença, risco para o paciente e as ferramentas terapêuticas disponíveis. Desse modo, as diferentes especialidades se integram em prol de objetivos em comum: a melhoria da qualidade no atendimento e a reabilitação do paciente de forma multidisciplinar.

Quando um grupo de profissionais trabalha conjuntamente, a percepção de problemas clínicos é maior, visto que cada um deles avalia o paciente objetiva e subjetivamente. Isso possibilita diferentes abordagens de questões específicas e ajuda na escolha das terapias mais adequadas.

Portanto, quando a equipe é formada por muitos profissionais, maiores serão as chances de que o paciente tenha seu caso investigado de um modo mais detalhado e com mais critério nas decisões. Por consequência, essa forma de trabalho eleva a qualidade da assistência e possibilita o alcance de melhores resultados nos tratamentos. Analisando desta maneira, percebemos que muitos comportamentos profissionais devem mudar, respeitando cada profissional a técnica do outro sem menosprezar, aumentando as chances de vida dos pacientes.

 

Dr. Luiz Felipe Da Guarda é fisioterapeuta e presidente do Conselho Municipal de Assuntos da Pessoa com Deficiência (CMAPD)