Os últimos dias têm sido de pressão constantes para pais, educadores, proprietários de escolas, prefeitos, governadores, policiais, guardas municipais e todos os outros atores sociais que compõem os sistema de ensino e de segurança pública.
Conviver com o risco eminente de um possível ato de violência contra crianças e adolescentes em escolas após tempos tão conturbados de pandemia, tem sido um desafio a parte que ninguém estava preparado, nem imaginava enfrentar.
Além do medo, da apreensão e de uma nova realidade que se concretiza em nossas escolas, convivemos ainda com as fake news, que não poupam ninguém. Muitos pais, movidos pelo pânico ou pela falta de conhecimento, embarcam de corpo e alma nas mentiras que circulam nas redes sociais e grupos de WhatsApp e tornam a situação ainda mais difícil.
É hora de agir rápido, mas também de ter bom senso e responsabilidade. Por parte dos familiares dos estudantes, a insegurança em relação as medidas adotadas nas escolas da região é grande. Os pedidos de muros mais altos, detector de metal, polícia armada e ronda constante são muitos. Um grupo mais apreensivo pede até a retomada das aulas remotas. Mas será que tirar as crianças das escolas é realmente a melhor saída?
É preciso encarar o problema de frente. Nenhuma escola brasileira, seja ela pública ou privada, estava prepara para esse momento. Suzano, por ter sido palco de um dos maiores ataques contra estudantes registrados no Brasil, está alguns passos a frente, mas é fato que algumas ações não são realizadas da noite para o dia, é preciso recurso e planejamento. É fato também que a situação pede urgência, já que se tratam de vidas, mas como fechar essa conta então?
Nesse momento é preciso diálogo e boa vontade. É imprescindível cobrar o Poder Público para que o policiamento e as rondas sejam mais efetivas e frequentes. É necessário também melhorar o controle de acesso às escolas. É preciso ainda que os pais busquem informações verídicas e que estejam atentos aos seus filhos. O desafio é grande e sem união será ainda mais difícil superá-lo.