O tema da violência nas escolas continua na pauta com mais um ataque registrado ontem (11) em uma escola de Goiás, e na região, uma menina entrou com uma faca em uma escola estadual de Suzano e alegou medo de um possível ataque. O fato gerou desinformação e fake news nas redes sociais, como bem destacou a nossa repórter Cibelli Marthos. A notícia se espalha e aumenta em proporções inimagináveis quando chega aos grupos de aplicativos de mensagens e perfis sem a devida apuração jornalística.

Além da violência do fato em si, todos nos tornamos vítimas, reféns da falta de segurança e de informações falsas, que preocupam pais e responsáveis. A situação leva a protestos, como o proposto para quinta-feira (13) por um movimento de Mogi das Cruzes que prevê a paralisação das escolas antes que medidas mais efetivas sejam adotadas.

O tema tem sido alvo de reuniões e audiências entre forças de segurança, responsável pela Educação nas redes municipal e estadual, e também abrindo espaço para a população como ocorreu na última segunda-feira (10) na Câmara de Suzano e nas Prefeituras de Mogi, Suzano e Ferraz de Vasconcelos, e está programada para o dia 20 no Legislativo mogiano. É urgente debater o tema e encontrar soluções para evitar conflitos e tragédias.

Uma sociedade dominada pela polarização, como nos últimos anos, sem espaço para o debate de ideias divergentes, com cada grupo tendo o reforço de informações apenas no que é conveniente, sejam verdadeiras ou não, contribui muito para o clima de violência e insegurança que vivemos. As escolas são reflexos desse momento, sem diálogo, a violência surge como o caminho para a solução de conflitos, assim tem sido, por exemplo, em discussões até mesmo de trânsito, com desfechos assustadores.

É preciso rever conceitos, trazer o debate para escola, o senso de pertencimento da comunidade, ocupando seus espaços, trazendo todos para uma conversa, que deve ir além do necessário reforço da segurança, exigido por todas as partes. O investimento crescente deve ser, principalmente, na Educação, e em uma sociedade que abrace a todos.