Uma certeza nós temos, e não nos agrada, em saber que um dia teremos de passar pela morte física, mas a outra, cheia de fantasias, quando se fala do céu ou do inferno, abranda o medo de muitos do intangível, isto é, a existência após a morte. Muitos, de forma irresponsável, procuram negar que ela existe. Sendo assim, acham que suas más ou boas obras praticadas em vida sejam enterradas com eles num túmulo, ou virem cinza num crematório.

Em velório é comum que alguém, desejando confortar os familiares, exalte com palavras o passado das virtudes do morto, às quais possuímos todas, por cumprir as obrigações da família e da sociedade em que se vive. E no fim do falatório ainda afirma com todas as letras: "Este homem já está no céu!" O texto de Efésios 2: 8-10 diz: "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. Pois somos feitura Dele, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas".

Se com barganha de boas obras pode-se entrar no céu, ele continuará vazio, porque lá o bilhete de entrada será a fé e não as obras. Jesus, tendo diante de si uma multidão, falou sobre a maldição eterna, o inferno: "Digo-vos, pois, amigos meus: Não temais os que matam o corpo e, depois disso, nada mais podem fazer. Eu, porém, vos mostrarei a quem deveis temer: Temei aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno. Sim, digo-vos, a esse deveis temer". Ele estava se referindo ao Deus de Justiça, sentado no Trono Branco, para julgar e condenar pelas obras os que não foram justificados pela cruz de Cristo. Lucas 12: 5. O termo "Lago de Fogo" e "Inferno" representa a mesma coisa. Hades (do grego) e Sheol (do hebraico) têm o mesmo significado: lugar provisório onde estão os mortos não salvos, somente em espírito, sem o corpo, à espera do Juízo Final. Apoc. 20: 11. Só em Cristo há salvação; e não existe outro nome pelo qual importa que sejamos salvos.

 

Mauro Jordão é médico.